Compulsão Alimentar

A compulsão alimentar é um distúrbio alimentar causado pela ingestão excessiva de alimentos.
Sua principal característica é comer exageradamente sem ter fome. A pessoa come somente por desejo, vontade de comer ou ansiedade, e geralmente perde a noção na quantidade e qualidade dos alimentos ingeridos em um curto espaço de tempo. Ela come muito agora, cerca de meia hora depois já quer comer ou, muitas vezes, está comendo de novo.
A pessoa que sofre de compulsão alimentar escolhe alimentos hiper palatáveis e bem calóricos e come-os sem o menor sinal de necessidade.

Sintomas da compulsão alimentar

Alguns exageros, daqueles bem pontuais, como uma festa de Natal ou aniversário, são considerados normais. Afinal, todo mundo tem um “dia de gula”, no entanto, quando esses exageros esporádicos se tornam um hábito e se repetem com muita frequência, já é identificado um caso de compulsão alimentar.
Você percebe que a pessoa fica dependente do ato de comer.
Fique atento ao ato de comer com mais frequência do que o necessário, mesmo sem fome, esse é o sinal vermelho!

Dos sintomas da compulsão alimentar estão:

• Comer muito rápido;
• Comer sem fome;
• Continuar comendo mesmo após satisfeito;
• Comer grandes quantidades;
• Comer escondido/sozinho;
• Comer e ficar introvertido;
• Comer e se sentir culpado/envergonhado.

Quais são os riscos da compulsão alimentar?

Pessoas que têm compulsão alimentar são mais propensas a uma série de doenças, veja:

• Pedras nos rins;
• Gastrite;
• Hérnia de hiato;
• Obesidade;
• Infertilidade;
• Insuficiência cardíaca;
• Trombose;
• Bulimia;
• Anorexia;
• Depressão.

75% das pessoas com compulsão alimentar se tornam obesas. 40% dos pacientes bariátricos sofrem de compulsão alimentar.
Infelizmente, muitos bariátricos, após perderem peso, voltam a engordar. Isso só prova cada vez mais que a questão da compulsão alimentar está ligada totalmente à mente: psicológico e hábitos dos indivíduos.

Como tratar a compulsão alimentar?

O tratamento deverá ser integrado entre mais especialidades médicas. O ideal é ser acompanhado por um médico, um psiquiatra e um nutricionista.
É preciso ressaltar que esse transtorno alimentar não deve ser tratado somente com remédios. Deverá ser uma construção de dentro para fora.
O paciente precisará trabalhar a própria mente e criar consciência sobre si. Já o psiquiatra precisará trabalhar para descobrir os gatilhos que levam a pessoa a agir compulsivamente e eliminá-los. O médico precisará trabalhar para garantir o funcionamento perfeito do organismo, verificar níveis hormonais, vitamínicos e possíveis doenças associadas. O nutricionista precisará trabalhar para garantir a reeducação alimentar e alimentação de qualidade com protocolos e dietas personalizadas.
Para funcionar, todos precisam trabalhar juntos!