O intestino é nosso segundo cérebro

Muito se fala sobre saúde intestinal e não é à toa. Com o avanço das pesquisas, cada dia temos mais certeza da importância de cuidar do nosso intestino. Sem muita teoria, se apenas pararmos para pensar que nosso maior contato com o meio externo se dá através do intestino, já nos acende uma luzinha, do tipo “Opa! Vamos prestar mais atenção!”.

É preciso cuidar do intestino

Mas, se apenas essa informação não é suficiente para você querer cuidar do seu intestino, vou te dar mais alguns motivos. Confira:

  • 70% de toda nossa atividade imunológica ocorre em nosso intestino, ou seja, aquela alergia recorrente, aquela doença autoimune, aquela gripe que te pega todo mês, sabe? Então, já tentou cuidar do intestino para ver se melhora?
  • Nosso intestino produz 95% da nossa serotonina, e para quem não sabe, a serotonina é nosso neurotransmissor conhecido pela sensação de prazer e bem-estar, sua diminuição está ligada a quadros de depressão. Olha aí, mais uma vez você para e pensa, a depressão, doença considerada o mal do século XXI, poderia ser evitada e até mesmo tratada através do nosso intestino??? SIIIM, é a resposta!
  • Além da serotonina, o intestino é responsável pela produção de outros 30 neurotransmissores.
  • Você sabia que no intestino temos mais neurônios (sim, neurônios) do que em nossa medula espinhal?
  • Possuímos em nosso intestino 100 TRILHÕES de bactérias, enquanto nosso corpo possui 10 TRILHÕES de células, ou seja, temos dez vezes mais bactérias do que células em nosso corpo!!! Isso só contando com as bactérias do intestino, sem contar na pele, boca, couro cabeludo…
  • Diferentes tipos de alimentos ativam diferentes tipos de bactérias da nossa flora, que por sua vez ativam tipos de resposta imunológica diferentes.
  • A íntima relação entre intestino, mente e cérebro se dá pela quantidade de neurotransmissores produzidos no trato gastrointestinal (TGI) e por possuir extensa rede de nervos e corpos celulares neurais em sua parede.
  • As células intestinais são substituídas a cada 3 a 6 dias, portanto sua sensibilidade ao que comemos e ao nosso estilo de vida é tão grande.

Comer bem faz bem

Pensando um pouquinho mais na relação tão importante do intestino com a imunidade e com o que comemos, precisamos entender que para a absorção/digestão de nutrientes temos que desenvolver um processo de microinflamação constante.

Dependendo do alimento, temos 2 caminhos a seguir (como tudo na vida), uma via fisiológica, que é quando ingerimos alimentos “reconhecidos” pelo nosso corpo (imunidade celular) e uma via crônica, com formação de anticorpos, que é quando o alimento não é reconhecido pelo nosso (imunidade humoral – resposta alergênica).

Sendo assim, ativar constantemente a nossa segunda via leva a um prejuízo para a nossa saúde, gerando um constante processo de inflamação crônica e consequentemente diversas doenças relacionadas que hoje em dia são tidas como “sem causa”.

Conhecer a fragilidade e complexidade do trato gastrointestinal nos dá a possibilidade de compreendermos mais profundamente a vasta gama de doenças e comodidades do corpo humano.

Teremos mais textos falando da relação do intestino com doenças psiquiátricas, autoimunes, doenças do trato respiratório e etc., mas esse texto é para fazer você refletir sobre a frase: VOCÊ É O QUE VOCÊ COME! Ou melhor: VOCÊ É O QUE VOCE DIGERE!

Através dessa reflexão, busque viver uma vida mais saudável e feliz!

Com carinho, Dra. Maria Fernanda ❤️


Dra. Maria Fernanda

Médica que por paixão escolheu trabalhar com a medicina funcional, uma medicina inovadora, mas que veio para mudar o olhar e suprir algumas deficiências da medicina tradicional.

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